FELIZMENTE
 Infelizmente, nunca li nenhum livro que ensine a brincar com as crianças. 
 Felizmente, minha amiga Selma me sugeriu o título de um que ela diz ser excelente.
 Infelizmente, não tinha nenhum exemplar na minha livraria favorita.
 Felizmente, ela disse que me emprestaria o dela.
 Infelizmente, ele desapareceu.
 Felizmente, ela me explicou como criar algumas brincadeiras muito interessantes...
 Você percebe o que estou querendo lhe mostrar?
 Um jogador começa com uma afirmação, como:
 “Infelizmente, estava chovendo muito e, por isso, nem consegui ver a chegada do circo.”
 O jogador seguinte começa sua afirmação com “Felizmente” e explica:
 “Felizmente, eu tinha um bom guarda-chuva e não me deixei intimidar.” 
 E o jogador seguinte diz:
 “Infelizmente, eu não fui tão feliz: não deu para selar o cavalo porque a água fazia a sela escorregar.”
 E o outro retruca:
 “Felizmente, era perto e eu resolvi dar uma corrida morro abaixo até lá.”
 “Infelizmente, minha mãe quis ir comigo: ela é muito gorda e o morro desmoronou com o peso dela.”
 “Felizmente, nosso cachorro é um grande cão de caça e pode localizá-la com facilidade no meio daquela terra toda.”
 “Infelizmente, quando conseguimos chegar até onde o circo estava acampado, o palhaço informou: “desculpe, a entrada de cães é proibida.”
 “Felizmente, minha mãe trazia uma cesta grande pendurada no braço e escondemos o cachorro lá dentro.”
 E assim por diante, até que a história tenha um final lógico ou apenas se esgote, com os jogadores cansados e ansiosos para começar uma nova história ou para brincar de outra coisa.
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